Na última semana, o São Paulo se movimentou no mercado e acertou a chegada de dois atletas, tal como a saída de outros dois. Moreira e William, crias de Cotia, foram para o Porto, e Cédric e Wendell chegaram para reforçar a lateral do Tricolor.
“Mercado se autodomina, digamos. Sobre o William eu falei várias vezes antes de terminar o ano. Queria que o clube tivesse dois jogadores para exportar. Usar e depois exportar. Acontece que o William teve um bom ano, apesar de não jogar muito. Um bom ano. E se ficasse teria alguns jogos a mais, ia crescendo, mas não na velocidade que muitos pensam. Na velocidade lógica de um menino que está se formando. Há oportunidade, jogadores, entorno, clubes”, avaliou Zubeldia após a vitória por 2 a 1 diante da Portuguesa pelo Paulistão.
“Quando vem uma oportunidade boa para as partes, tem de tomar uma decisão. Não é fácil. Agora é trabalhar novamente com os que ficam aqui. O Cédric foi uma oportunidade. Falaram comigo: “Mister, aconteceu isso, vamos vê-lo?”. Vamos vê-lo. Trabalho para o clube, todos sabem. Se não gosto, não gosto. Se gosto, gosto. Tenho de tomar decisões. Temos de estar atentos ao mercado. Ver se podemos incorporar bons jogadores, mais do que quantidade, e dar lugar a alguns jovens”, completou.
Com todas essas movimentações, muito se questionou sobre a utilização de jovens da base pelo técnico Zubeldia, visto que as duas saídas eram justamente jovens promissores formados em Cotia e que já haviam mostrado potencial para o profissional.
“Primeira divisão é muito difícil. Erram um gol, cometem um pênalti, e o torcedor não distingue se tem 18, 19, 20, 30 ou 32 anos. Quer ganhar. Aguenta dois, três jogos e depois… O mais importante é que estamos trabalhando em Cotia. Há uma sincronização na transição, mas, com calma, é um processo longo, faltam passar por várias provas”, disse o treinador.
Um dos gols da vitória do Tricolor foi marcado justamente por Ryan, artilheiro da Copinha, e que ganhou sua oportunidade no profissional no jogo contra a Portuguesa. O jogador marcou o segundo tento do Tricolor, garantindo mais três pontos ao clube.
A ideia de Zubeldia, era levar Ryan e outros jovens para a Flórida, na disputa da pré-temporada, mas o pedido foi negado pela diretoria, visto que os atletas disputariam a Copinha.
“Sempre digo que tem de planificar. Conheço bastante, os vi bastante. Depois que vi, eles jogaram torneios, finais, ganharam. Não queríamos prejudicar a formação se subissem. Quando você sobe um jogador, depois para baixar é ruim. Não se pode prejudicar o crescimento e o trabalho dos treinadores de Cotia. Tínhamos planificado Ryan, Alves, Hugo e Ferreira para levá-los para a Flórida”, avaliou.
“Aconteceu que quando tive a conversa com os dirigentes, me disseram que eles teriam que ficar para a Copinha. Aí, demos prioridade para a formação deles na competição. Entregando aos formadores, para que jogassem. Ganhando a Copinha, visamos outra etapa, para ver quais podemos inserir no elenco nestes dois meses para até o final de março termos o elenco formado. O que não quero é que fiquem no profissional e não tenham chance de jogar no sub-20”, completou.
O São Paulo volta a campo no sábado (1), quando enfrenta o Santos às 20h30 (de Brasília), pela sexta rodada do Paulistão, na Vila Belmiro.
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