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CBF diz que autoridades públicas sabiam que clássico teria torcida mista

Horas após a confusão que ocorreu no Maracanã, a CBF distribuiu uma nota à imprensa defendendo a organização do jogo entre Brasil e Argentina sem divisão entre as torcidas. Além disso, a entidade ainda afirmou que as autoridades públicas tinham ciência que os torcedores estariam no mesmo setor do estádio.

“A realização da partida com torcida mista sempre foi de ciência da Polícia Militar do RJ e das demais autoridades públicas, pois é o padrão em competições organizadas pela FIFA e CONMEBOL”, afirmou a CBF.

Momentos antes do jogo, durante a reprodução do hino nacional dos dois países, houve briga generalizada, com detenção de ao menos sete pessoas, que acabaram liberadas depois de pagarem multa.

A partida tinha “bandeira vermelha”, classificação máxima de risco adotada em jogos no Rio de Janeiro. Entretanto, não houve separação entre os torcedores e a CBF informou que “os planos de ação e segurança foram aprovados sem qualquer ressalva ou recomendação pelas autoridades de segurança pública presentes (Polícia Militar RJ, SEPOL, Ministério Público, Juizado do Torcedor, Guarda Municipal, CET-RIO, Subprefeitura, Concessionária Maracanã, SEOP, etc.), dentre as quais a Polícia Militar do RJ, na primeira reunião realizada na sede da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ), no dia 16 de novembro de 2023, às 11:00h”.

Segundo o “ge”, a reunião citada não teve representantes da própria entidade na lista de presença. No encontro, ficou definido que os torcedores argentinos seriam direcionados para o setor Sul, mas sem acesso exclusiva. Apenas dois representantes da Brax, parceria comercial da CBF, estavam presentes no encontro. Posteriormente, houve um encontro na última segunda-feira, sem representantes da Ferj.

“Outros jogos entre Brasil e Argentina, até de maior apelo, como a semifinal da Copa América de 2019, também foram disputados com torcida mista. Não se trata de um modelo inventado ou imposto pela CBF”, diz outra parte da nota da CBF.

Sobre o caso, a Secretaria de Estado de Polícia Militar do Rio de Janeiro reforçou que a divisão entre os torcedores não ocorreu por conta da venda de ingressos sem distinção, o que foi definido pela organização do evento” e que “os agentes do Batalhão Especial de Policiamento em Estádios (Bepe) atuam nos casos em que a situação não é prontamente controlada pela equipe de segurança particular”.

Veja a íntegra da nota da CBF:

“A CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL vem prestar os seguintes esclarecimentos sobre os incidentes ocorridos no jogo Brasil x Argentina, realizado nesta terça-feira 21/11/2023, no Maracanã, válido pelas Eliminatórias da Copa do Mundo FIFA 2023.

É importante esclarecer que a organização e planejamento da partida foi realizada de forma cuidadosa e estratégica pela CBF, em conjunto e em constante diálogo com todos os órgãos públicos competentes, especialmente a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.

Todo o planejamento do jogo, em especial o plano de ação e o de segurança, foram sim debatidos com as autoridades públicas do Rio de Janeiro em reuniões realizadas entre as partes.

Os planos de ação e segurança foram aprovados sem qualquer ressalva ou recomendação pelas autoridades de segurança pública presentes (Polícia Militar RJ, SEPOL, Ministério Público, Juizado do Torcedor, Guarda Municipal, CET-RIO, Subprefeitura, Concessionária Maracanã, SEOP, etc.), dentre as quais a Polícia Militar do RJ, na primeira reunião realizada na sede da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ), no dia 16 de novembro de 2023, às 11:00h. Além dos planos de ação e segurança, os participantes da reunião trataram também de toda a montagem da operação da partida, contando com a participação de todas as partes diretamente envolvidas e responsáveis pela organização da partida e autoridades públicas.

Na segunda (20), o plano operacional para o jogo foi igualmente aprovado sem qualquer ressalva ou recomendação na reunião realizada no Estádio Maracanã, com a presença da CBF, representantes da CONMEBOL, da Polícia Militar RJ, das empresas responsáveis pela operação do Maracanã, e que operam mais de 70 jogos no estádio por ano, e outras autoridades públicas.

A realização da partida com torcida mista sempre foi de ciência da Polícia Militar do RJ e das demais autoridades públicas, pois é o padrão em competições organizadas pela FIFA e CONMEBOL, como ocorre nas Eliminatórias da Copa do Mundo, na própria Copa do Mundo, Copa América e outras competições. Outros jogos entre Brasil e Argentina, até de maior apelo, como a semifinal da Copa América de 2019, também foram disputados com torcida mista. Não se trata de um modelo inventado ou imposto pela CBF.

Ou seja, todo o plano de ação e segurança foi elaborado e dimensionado já considerando classificação do jogo como vermelha e com a presença de torcida mista, tanto que atuaram na segurança da partida 1050 vigilantes privados e mais de 700 policiais militares da Polícia Militar RJ.

Portanto, a CBF reafirma que foram cumpridos rigorosamente o plano de ação, de segurança e operação da partida, tal qual foram aprovados pela Polícia Militar RJ e demais autoridades.

Por fim, a única recomendação recebida pela CBF de qualquer autoridade pública ao longo de todo o período que antecedeu a partida entre Brasil e Argentina, foi uma recomendação do Ministério Público, da 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Ordem Urbanística da Capital, para que “NÃO realizem partidas de futebol no ano de 2023 com o formato de disponibilização da carga total de ingressos através de um tíquete eletrônico apresentado mediante exibição do aparelho de telefonia celular, tal como ocorrido na partida da final da Copa Libertadores no dia 04 de novembro de 2023” e que “Exijam no ano de 2023 dos torcedores que se aproximem das catracas a exibição de evidência física (tíquete de papel e/ou cartão de sócio torcedores) de que o torcedor possui um tíquete de ingresso para se aproximar das catracas do Estádio Mário Filho – Maracanã, de modo a evitar a invasão de torcedores que não possuam ingressos para assistir à partida.”

Veja a íntegra da nota da PMRJ:

A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informa que na noite desta terça-feira (21/11), policiais militares do Batalhão Especial de Policiamento em Estádios (BEPE) atuaram em uma confusão entre torcedores, durante a realização da partida entre Brasil e Argentina válida pelas eliminatórias da Copa do Mundo, no Estádio do Maracanã, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

Ao todo, oito pessoas foram conduzidas ao Juizado Especial Criminal. De acordo com o comando da unidade, a confusão teve início durante a execução do hino nacional da equipe visitante.

Cabe ressaltar que, não havia divisão entre torcidas nos setores do Estádio do Maracanã, por conta da venda de ingressos sem distinção entre as torcidas, o que foi definido pela organização do evento.

Os agentes do BEPE atuam nos casos em que a situação não é prontamente controlada pela equipe de segurança particular, de acordo com protocolos estabelecidos pela organização da competição.

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