Dani Lins fala dos desafios de jogar uma final de Superliga aos 40 anos: “Sou uma jovem senhora”

Disputando um troféu pela terceira vez na temporada, Osasco São Cristóvão e Sesi Bauru voltam a se encontrar nesta quinta-feira (1), agora para disputar o título da Superliga Feminina de Vôlei, no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. O duelo é mais um capítulo da rivalidade que já marcou as finais do Campeonato Paulista e da Copa Brasil.
Mas há outra coisa que chama a atenção em ambas as equipes nessa final. Tifanny, do Osasco, Dani Lins e Leia, do Sesi Bauru, compartilham o mesmo ‘desafio’ e vão disputar a grande final com 40 anos. Apesar disso, a idade isso não tende a ser um problema para as finalistas da Superliga.
“Chegar com uma certa idade jogando em alto nível condiz muito com o começo. Sempre me cuidei muito fisicamente, na alimentação, faço muito pilates. Enfim, a gente vai se cuidando cada vez mais. E chegar aos 40 anos, jogando em alto nível, conseguindo estar em uma final… eu brinco que eu sou uma ‘jovem senhora’. Espero estar contribuindo muito ao vôlei porque faço com amor e continuar em alto nível, sendo exemplo para minha filha e muitas crianças que acompanham a gente, como tem no Sesi. Obviamente, ser campeã da Superliga aos 40 anos seria muito bom. Temos um grande confronto pela frente”, disse a levantadora do Sesi Bauru, Dani Lins.
Líbero do Osasco, Camila Brait ainda não chegou aos 40, mas completará 37 anos em 2025. Ela é a capitã do clube do oeste paulista, e brincou com a comadre e amiga, Dani Lins, que estará do lado oposto de quadra nesta quinta-feira (1).
“Levantadora e líbero, quanto mais velho, melhor. Dani está aí para provar. Sempre foi craque de bola, mas, agora, meu Deus do céu! Está voando demais. 40 anos e no ápice da carreira. Atacante que não (melhora com a idade), por causa das costas, joelho, muito impacto. Mas a gente tem que se cuidar um pouco mais, não pode extrapolar, fazer algo extra como fazia quando tinha 20 anos. É isso aí: panela velha que faz comida boa”, disse a líbero.
Dani Lins é campeã olímpica em Londres 2012, enquanto Camila Brait foi medalhista de prata em Tóquio 2020. Grandes amigas, ambas as atletas também celebraram o reencontro dentro de quadra, ainda que em clubes opostos.
“Fazia oito anos que eu não chegava a uma final, eu estava grávida da Alice na última final que eu joguei. Então, não podia estar mais feliz jogando contra a Dani, minha comadre. A gente se ama, a gente é muito amiga, mas em quadra todas querem a vitória. Depois do jogo, é só alegria e amizade. Estou muito feliz. É uma temporada muito importante para mim, com a volta da Nati também, que é uma amiga muito grande. Precisou a Nati voltar para a gente chegar na final de novo”, brincou Brait.
“Estou muito feliz de estar participando desta final da Superliga, a primeira do Sesi
Bauru, mas a minha segunda pelo Sesi. Muito feliz de disputar com minha comadre aqui, não tem felicidade maior. Temos uma amizade. Muito feliz pelo Sesi, por todo mundo que sempre esteve ajudando a gente desde o começo. Não foi uma temporada fácil para ninguém, né? Abdicamos de muitas coisas, família, folga, muitas viagens, mas estou muito feliz de estar aqui. Que seja uma grande final”, disse Dani Lins.
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