Everson projeta retorno do Atlético-MG e relembra início da carreira: “Nasci goleiro”
De fala mansa, tranquilo, Everson é bom de papo. A conversa exclusiva com o 365Scores durou quase 40 minutos, mas poderia ter passado de três horas. Com a calma de quem está acostumado a proteger o gol do Atlético-MG há quase cinco temporadas, o jogador de 34 anos revelou que, ao contrário do que acontece com muitos goleiros, nunca pensou em atuar em outra posição:
“Nasci goleiro.”
Paulista de Pindamonhangaba, Everson começou em sua cidade natal, mas iniciou mesmo no futebol nas categorias de base do São Paulo. Dali, rodou por clubes menores (Guaratinguetá, River-PI, Confiança) até se destacar no Ceará e ganhar projeção nacional.
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Fora da Copa do Mundo de Clubes após perder a final da Libertadores para o Botafogo no ano passado, o Atlético-MG deu férias aos jogadores durante a disputa da competição. Agora, o time já trabalha de olho no retorno ao Campeonato Brasileiro.
A equipe voltará aos gramados no próximo dia 12, quando enfrentará o Bahia pela 13ª rodada do Brasileirão. Atualmente, o Galo ocupa a sétima posição com os mesmos 20 pontos do Fluminense, primeira equipe do G6.
Everson projetou o retorno da equipe em entrevista exclusiva ao 365Scores, que foi dividida em três partes.
Em matéria publicada no domingo (6), o goleiro comenta a irregular temporada de 2024, que teve o Atlético disputando as finais da Libertadores e Copa do Brasil e brigando para não cair no Brasileirão. Na matéria de segunda-feira (7), Everson fala sobre a polêmica dos gramados sintéticos.
Como foi seu início no futebol?
Sempre gostei de jogar no gol. Nasci goleiro, meu pai era goleiro de várzea. Via ele jogando, foi meu maior ídolo. Comecei na Ferroviária, da minha cidade (Pindamonhangaba-SP). Minha mãe era faxineira, consegui entrar sem pagar mensalidade.
No mês de janeiro tinha a Pindacup, vinham equipes de vários lugares do Brasil. Em um jogo me destaquei e chamei a atenção do São Caetano. Eles jogavam a Série A, brigavam na Libertadores. O treinador de goleiros deles me chamou.
Mas nesse mesmo campeonato um empresário me viu e falou que conseguia fazer um teste no São Paulo. Ele conseguiu um teste uma semana antes da data que eu ia me apresentar no São Caetano.
Fiz o peneirão, com mais de 40 jogadores. Fiz o teste na quinta e na sexta, e fui aprovado para ser federado. Ali começou minha história, em uma semana.
Como foi esse período no Atlético-MG sem jogos por conta da Copa do Mundo de Clubes?
Parece uma pausa quase que forçada. Estar de férias, mas outros não. Aproveitei, descansei um pouco com a família, mas sem abdicar do trabalho. Na pausa terminamos muito bem, se não tivesse essa pausa era melhor. Mas pude descansar para voltar bem.
Como vê o momento do Atlético-MG antes da pausa?
Hoje a gente está a um ou três pontos do G6, até a quarta rodada éramos o 12º. Terminamos muito bem, seis jogos invicto, quatro sem tomar gol. Nessa pausa terminamos bem, infelizmente não foi melhor pelos quatro primeiros jogos.
Pelo que o Atlético-MG briga neste ano?
Obviamente a intenção é brigar por títulos, o clube se preparou para isso. A gente vai trabalhar para brigar por títulos. Vamos ter um jogo muito difícil contra o Flamengo, talvez o favorito ao título, e na Sul-Americana, vamos passar por um playoff.
É um título internacional. Obviamente quero muito mais a Libertadores, mas vou trabalhar e me esforçar por esse título.
Números de Everson na temporada
- Jogos: 31
- Jogos sem ser vazado: 18
- Gols sofridos: 21
- Defesas: 69
