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Fernando Meligeni: “Estou muito preocupado com o primeiro jogo do João Fonseca”

Em entrevista exclusiva ao 365Scores, ex-tenista e hoje comentarista aponta seus favoritos para o Grand Slam de Roland Garros

Nascido em Buenos Aires em 1971, mas criado em São Paulo e naturalizado brasileiro, Fernando Meligeni foi um dos grandes nomes do tênis nacional. Semifinalista dos Jogos Olímpicos de 1999 e medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de 2003, ele venceu três torneios no circuito ATP, todos no saibro: Bastad (Suécia), Pinehurst (EUA) e Praga (República Tcheca).

Em 1999, Meligeni chegou a ser 25º do mundo, sua melhor posição no ranking da ATP. Estava no auge da sua carreira, e chegou às semifinais do tradicional Grand Slam de Roland Garros, deixando pelo caminho nomes como o australiano Patrick Rafter (3º do ranking) e os espanhóis Félix Mantilla (14º) e Alex Corretja (6º), caindo para o ucraniano Andrei Medvedev.

Com a expertise de semifinalista em Roland Garros e apaixonado pelo saibro, Meligeni, hoje comentarista dos canais ESPN, aponta ao 365Scores, em entrevista exclusiva, seus favoritos para o Grand Slam parisiense, ao mesmo tempo em que analisa as chances de João Fonseca e Bia Haddad.

Quem você acha que entra como favorito (s) em Roland Garros?

Para mim são o (Carlos) Alcaraz e depois o (Jannik) Sinner. No lado feminino, a (Aryna) Sabalenka, e depois acho que está muito aberto para quem pode chegar.

Novak Djokovic completou 38 anos nesta semana. O sérvio ainda tem condições de ir bem no saibro francês diante de nomes tão mais jovens?

Eu acho pouco provável. Ir bem para ele é ser campeão, né? Uma semifinal não muda muita coisa para ele. Acho muito pouco provável ele conseguir ganhar um título em cinco sets depois de tudo o que ele vem passando, mas é o Djokovic. Sempre um perigo.

João Fonseca
João Fonseca. Foto: Clive Brunskill/Getty Images

O que esperar de João Fonseca em Roland Garros?

O João tem uma chave difícil. O Hubert Hurkacz (31º do mundo) é um jogador muito experiente, tem um jogo difícil para ele. Eu acho que se o João conseguir passar essa primeira rodada, ele pode almejar coisas maiores, bem grandes de repente. A chave dele não é fácil, é dura, mas como qualquer Grand Slam. Mas estou muito preocupado com esse primeiro jogo, que não é fácil e é contra um cara muito, muito inteligente em quadra, e que está jogando bem.

E a Bia Haddad, como você vê ela chegando para Roland Garros?

A Bia por um lado deu uma ótima esperança porque voltou a jogar bem. Por outro lado voltou um pouco de preocupação, o terceiro set dela contra a (Elena) Rybakina (no WTA de Estrasburgo) não foi dos melhores a partir do dois a zero. Ela acabou se perdendo, e perdendo bastante confiança. Tem uma boa primeira rodada (contra a norte-americana Hailey Baptiste, 70ª do mundo), também precisa muito ganhar a primeira rodada para a partir daí a gente conseguir analisar até onde ela pode ir.

Agora, Meligeni, queria que você respondesse de bate-pronto, com apenas uma palavra.

Roland Garros?

Templo.

Novak Djokovic?

Gênio.

Carlos Alcaraz?

Variação.

Jannik Sinner?

Paredão.

Alexander Zverev?

Incerteza.

João Fonseca?

Futuro.

Fernando Meligeni?

Alegria.

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Renato de Alexandrino

Editor-chefe do 365Scores. Jornalista formado na PUC-RS, com mais de 30 anos de experiência em redações. Cobriu in loco as Copas do Mundo de 2010, 2014 e 2018, e as Olimpíadas de 2016. Apaixonado por futebol, surfe e NBA, entre outros esportes.

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