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Campeão e feliz na Grécia, Rodinei já sonha com a Champions: “Friozinho na barriga”

De bermuda, blusa confortável e tênis no pé, Rodinei aproveita as férias em sua casa no Rio de Janeiro ao lado das três filhas, esposa e sogra. Foi assim que o lateral-direito recebeu a reportagem do 365Scores em sua residência após uma temporada vitoriosa no Olympiacos, da Grécia.

Rodinei foi campeão do Campeonato Grego e da Copa da Grécia nesta temporada 2024/25, seus primeiros títulos nacionais com o Olympiacos. No ano anterior, o brasileiro já havia feito história ao participar da conquista da Conference League, primeiro troféu europeu do clube grego em 100 anos.

Com enorme identificação no clube, Rodinei não pensa em sair e atuar em outro país. O desejo dele é em cumprir o contrato, que vai até junho de 2027, e continuar fazendo história no Olympiacos.

Na temporada 2024/25, Rodinei atuou em 45 partidas (40 como titular), com quatro gols e 13 assistências. O lateral foi o maior garçom do Campeonato Grego, com nove passes para gols.

Aos 33 anos, o jogador vive seu melhor momento na carreira, com o seu melhor número em participações em gols, no futebol europeu. Na próxima temporada, vai disputar sua primeira Liga dos Campeões.

“Isso dá um friozinho na barriga, dá aquela ansiedade. Estou muito feliz na Grécia. Não tenho vontade ainda de ir para outro lugar”, disse ele em entrevista exclusiva 365Scores.

Rodinei, à esquerda, comemora gol com companheiro do Olympiacos
Foto: Divulgação/Olympiacos

Nesta primeira parte da entrevista, Rodinei fala sobre a temporada vitoriosa, a adaptação ao futebol e à cultura da Grécia e a expectativa pela Champions. Já na segunda parte da entrevista, o jogador fala sobre um possível retorno ao Flamengo. O lateral também comentou sobre Carlo Ancelotti e o sonho de jogar na Seleção.

Como foi essa temporada no Olympiacos, com 17 participações em gols e dois títulos?

Foi uma das minhas melhores temporadas, falando em números. É um momento que eu estou vivendo muito bacana na Grécia, junto com esse clube maravilhoso, com o Olympiacos, com meus companheiros. E espero continuar fazendo história lá na Grécia.

Qual foi a maior dificuldade na adaptação na Grécia, seja em campo ou fora de campo?

No início, a parte mais difícil acho que é em relação à língua, porque lá é grego e inglês, que é a língua universal. Mas eu também não falava, agora comecei a fazer aula. Mas eu tive sorte também que o primeiro treinador que eu peguei na Grécia era espanhol (Diego Martínez), então ficava mais fácil para comunicar com ele.

Em relação à cultura de futebol, de tempo, muitas coisas mudam, mas foi um ano ali para me adaptar. Foi o primeiro ano, o único ano que eu não ganhei nada na primeira temporada. Depois que as coisas engrenaram, fui campeão da Conference League, dois títulos agora, já são três no total, mais de 100 jogos com a camisa do Olympiacos. É um período que eu estou vivendo muito feliz.

Aqui no Brasil temos o ditado “está falando grego” para quando não dá para entender o que a pessoa fala. De fato, é uma língua difícil, né?

É, quando a pessoa tá falando errado, é porque tá falando grego. É uma língua muito difícil de entender. E hoje eu sei o real significado disso. Quando a pessoa fala “pô, tá falando grego”, realmente, tá falando grego!

Quando você vê os gregos conversando entre eles, é uma língua que eles falam muito rápido, é muito difícil, mas que aos poucos eu também tento aprimorar algumas palavras, algumas coisas para também viver a cultura do país que eu vivo, que é uma coisa muito bacana.

Em campo, só inglês. A gente só usa o inglês e espanhol, porque o nosso time também tem bastante jogador português e espanhol. Então, dentro de campo, a gente se comunica em espanhol e, às vezes, com o zagueiro que joga do meu lado, eu me comunico em inglês, mas o grego só entre eles mesmo que se comunicam.

Seu contrato vai até 2027. Sua intenção é permanecer e jogar até os 35 anos na Grécia ou tem vontade de atuar em outro país europeu?

Eu estou muito feliz na Grécia. Eu falo sempre com o meu empresário. Não tenho vontade ainda de ir para outro lugar. Espero cumprir o meu contrato até 2027. E depois a gente vê o que o Papai do Céu tem reservado para o nosso futuro, que a gente não sabe o dia de amanhã.

Mas quero continuar desfrutando lá na Grécia com o Olympiacos. Ainda mais agora que a gente vai jogar a Champions League. Então, estou muito feliz lá e espero continuar desfrutando na Grécia.

Como está essa expectativa para a Champions League?

Agora eu só procuro pensar em desfrutar minhas férias. Estou no Rio de Janeiro com a família, revendo os amigos. Mas não posso negar que não tem como não pensar que eu vou ter a oportunidade de disputar uma Champions League. Isso dá um friozinho na barriga, aquela ansiedade.

Mas é esperar para ter essa ansiedade maior quando estiver mais perto, para a gente saber contra quem a gente vai jogar. Por enquanto, eu só vou desfrutando e curtindo as minhas férias.

Nesses oito jogos que a gente tem na Champions, quem serão os nossos adversários? Mas imaginar, sonhar, a gente pode sonhar com tudo. Pode sonhar em estar jogando em Anfield contra o Liverpool, Bernabéu, San Siro contra o Milan.

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Fellipe Perdigão

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