
A festa polêmica de Lamine Yamal nas férias ainda gera repercussão na Espanha. Segundo a agência espanhola “EFE”, o Ministério dos Direitos Sociais do país solicitou ao Ministério Público, Provedor de Justiça e ao Gabinete de Combate aos Crimes de Ódio que investiguem se a Lei da Deficiência foi violada durante o evento.
O diretor-geral da Deficiência, Jesús Martín, explicou que o departamento pretende apurar se durante a celebração, aconteceu algum episódio que possa configurar uma violação da lei.
A legislação está em vigor há cerca de três anos e proibi que espetáculos ridicularizem pessoas com deficiência, apesar de não prever nenhuma sanção.
Atualmente, há um debate na política espanhola que visa classificar como contraordenação esse tipo de espetáculo. Sendo assim, as sanções poderão variar de 600 mil a 1 milhão de euros.
Associação irá à Justiça
A Associação de Pessoas com Acondroplasia e Outras Displasias Esqueléticas com Nanismo (ADEE) também irá acionar o jogador na Justiça por supostamente ter contratado pessoas com nanismo para seu aniversário de 18 anos.
“A Associação de Pessoas com Acondroplasia e Outras Displasias Esqueléticas com Nanismo (ADEE), organização membro da Confederação Espanhola de Pessoas com Deficiência Física e Orgânica (COCEMFE), condena e denuncia publicamente a contratação de pessoas com nanismo como parte do entretenimento na recente festa de 18 anos do jogador de futebol Lamine Yamal. A Associação anuncia que tomará medidas legais e sociais para salvaguardar a dignidade das pessoas com deficiência, considerando que essas ações violam não apenas a legislação vigente, mas também os valores éticos fundamentais de uma sociedade que busca ser igualitária e respeitosa”, publicou a ADEE em comunicado oficial.
“Durante o aniversário do jovem jogador de futebol, figura de destaque do esporte espanhol, pessoas com nanismo foram contratadas exclusivamente para fins de entretenimento e atividades promocionais. A ADEE considera esse tipo de prática intolerável, pois perpetua estereótipos, alimenta a discriminação e prejudica a imagem e os direitos das pessoas com acondroplasia ou outras displasias esqueléticas, bem como de todas as pessoas com deficiência”.
“É inaceitável que, em pleno século XXI, pessoas com nanismo continuem sendo usadas como entretenimento em festas privadas, e a situação é ainda mais grave quando esses incidentes envolvem figuras públicas como Lamine Yamal. A dignidade e os direitos da nossa comunidade não são entretenimento para ninguém, em nenhuma circunstância”, citou Carolina Puente, presidente da ADEE.
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