
Há 55 anos, uma equipe encantava o mundo com um futebol vistoso, ofensivo e eficiente. Com a camisa 10, o melhor jogador de todos os tempos. Com a 7, um ponta veloz e que entraria para a história ao marcar em todos os jogos da campanha.
O tricampeonato mundial da seleção brasileira, conquistado na Copa do Mundo de 1970, completa 55 anos neste 21 de junho, data em que o Brasil goleou a Itália por 4 a 1 no Estádio Azteca, na Cidade do México.
No caminho para o título no México, o Brasil, treinado por Zagallo e comandado pelo camisa 10 Pelé, marcou nada menos que 19 gols em seis partidas – uma média de mais de três gols por jogo.
O “Furacão” Jairzinho, o camisa 7, deixou sua marca em todas as partidas, terminando a Copa com sete gols.
A Seleção estreou no dia 3 de junho levando um susto: um gol da Tchecoslováquia logo nos minutos iniciais. Naquela mesma partida, porém, já mostraria todo seu poderio ofensivo e entrosamento. Rivellino, Pelé e Jairzinho comandariam uma virada que acabaria em goleada.
O gol que Pelé não fez
Aquele jogo ficou marcado ainda por um lance incrível, que acabaria conhecido como “o gol que Pelé não fez“. No primeiro tempo, o Rei do Futebol percebeu o goleiro Viktor adiantado e chutou de antes do meio-campo. Caprichosamente, a bola saiu perto da trave esquerda.
Pelé protagonizou ainda dois lances naquela Copa que entraram para a história do futebol, mesmo sem balançar as redes. Na vitória de 1 a 0 sobre a Inglaterra, ele deu uma cabeçada forte para o solo.
A bola quicou e parecia já entrar quando o goleiro Gordon Banks espalmou, em lance conhecido como a “Defesa do Século“.
Contra o Uruguai, nas semifinais, Pelé aplicou um lindo drible de corpo sobre o goleiro Mazurkiewicz. O chute, de direita, saiu tirando tinta da trave.
O golaço de Carlos Alberto Torres
A final foi contra os italianos, que haviam eliminado a Alemanha nas semifinais em um jogaço, decidido na prorrogação. Diante de um Estádio Azteca totalmente lotado, com mais de 100 mil pessoas, Pelé abriu o placar, de cabeça.

Ainda no primeiro tempo, a Itália empatou com Boninsegna aproveitando falha da defesa brasileira.
Na segunda etapa, Gerson fez belo gol em chute de fora da área. Jairzinho ampliou pouco depois e, já perto do fim, Carlos Alberto Torres fez um dos gols mais icônicos das Copas com um petardo de direita, após passe açúcarado de Pelé.
Um fecho de ouro para uma campanha inesquecível.
Relembre a campanha do Brasil na Copa de 1970:
Primeira fase
- Brasil 4 x 1 Tchecoslováquia
- Gols: Rivellino, Pelé e Jairzinho (2); Petras
- Brasil 1 x 0 Inglaterra
- Gol: Jairzinho
- Brasil 3 x 2 Romênia
- Gols: Pelé (2) e Jairzinho; Dumitrache e Dembrovschi
Quartas de final
- Brasil 4 x 2 Peru
- Gols: Rivellino, Tostão (2) e Jairzinho; Gallardo e Cubillas
Semifinais
- Brasil 3 x 1 Uruguai
- Gols: Clodoaldo, Jairzinho e Rivellino; Cubilla
Final
- Brasil 4 x 1 Itália
- Gols: Pelé, Gérson, Jairzinho e Carlos Alberto Torres; Boninsegna
Ficha técnica da final:
Brasil 4 x 1 Itália
- Data: 21 de junho de 1970 (Domingo)
- Horário: 12h (horário local no México) / 15h (horário de Brasília)
- Local: Estádio Azteca, Cidade do México, México
- Público: 107.412 espectadores
- Árbitro: Rudi Glöckner (Alemanha Oriental)
Brasil: Félix, Carlos Alberto Torres, Brito, Piazza e Everaldo; Clodoaldo, Gérson e Pelé; Jairzinho, Tostão e Rivellino. Técnico: Zagallo.
Itália: Albertosi, Burgnich, Pierluigi Cera, Rosato e Facchetti; Bertini (Juliano), Sandro Mazzola e De Sisti; Domenghini, Boninsegna (Gianni Rivera) e Gigi Riva. Técnico: Ferruccio Valcareggi
Gols: Pelé, aos 18 minutos do 1º tempo, Boninsegna, aos 37 minutos do 1º tempo; Gérson, aos 21 minutos do 2º tempo, Jairzinho, aos 26 minutos do 2º tempo e Carlos Alberto Torres aos 42 minutos do 2º tempo.
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