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Virada do Século: Relembre duelo histórico entre Vasco x Palmeiras

Vasco x Palmeiras já se enfrentaram diversas vezes na história, e neste domingo (4), as equipes voltam a se encontrar pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro. Dentre as várias partidas entre os times, há uma que chama a atenção e é considerada um dos jogos mais emocionantes do futebol brasileiro, a ponto de ser conhecida como “Virada do Século”.

Era dezembro de 2000, e Palmeiras x Vasco se enfrentaram pela final da Copa Mercosul. Aquela era a terceira edição da competição organizada pela Conmebol, e o Alviverde queria buscar seu segundo título, uma vez que já havia sido campeão em 1998 e ficado com o vice em 1999.

No entanto, encontrou com o Vasco em seu caminho, e as equipes viveram uma final histórica, lembrada até hoje, 25 anos depois do ocorrido.

O contexto

Antes de falar do confronto, é preciso voltar no tempo e entender o contexto daquela final. Palmeiras e Vasco eram os últimos campeões da Libertadores: o Cruz-Maltino havia vencido em 1998, e o Verdão em 1999.

O Alviverde vivia a Era Parmalat, colecionando títulos para a sua galeria, e o mesmo acontecia com o Vasco, que vinha empilhando troféus.

Na temporada de 2000, o time carioca foi finalista de cinco torneios (Mundial de Clubes, Torneio Rio-São Paulo, Campeonato Carioca, Copa Mercosul e Brasileirão) e tinha como principal nome o atacante Romário, que havia balançado as redes 73 vezes e dado 16 assistências em 73 jogos.

Foto: Acervo/Gazeta Press

Já o Palmeiras havia sido finalista em quatro competições (Copa dos Campeões, Torneio Rio-São Paulo, Copa Mercosul e Libertadores).

Antes da grande final da Copa Mercosul, o Vasco mudou de treinador. Após empatar com o Cruzeiro por 2 a 2 na semifinal do Campeonato Brasileiro, o técnico Oswaldo de Oliveira foi demitido no vestiário após discussão com o vice-presidente de futebol Eurico Miranda.

Com isso, o Vasco precisou agir nos bastidores rapidamente e contratou Joel Santana, que assumiu a equipe e estreou justamente na Virada do Século.

Aquele foi o terceiro jogo da final. No primeiro, em São Januário, o Vasco havia vencido por 2 a 0. Na volta, no Parque Antártica, deu Palmeiras por 1 a 0. O regulamento da competição previa a realização de uma terceira partida.

O jogo histórico

O duelo começou bastante equilibrado. Atuando em casa, o Palmeiras levava mais perigo, mas demorou para abrir o placar, balançando as redes apenas no final do primeiro tempo, mas o suficiente para embalar três gols na sequência.

O primeiro gol aconteceu aos 37 minutos, quando Júnior Baiano tocou com a mão na bola e o árbitro Márcio Rezende de Freitas marcou pênalti, convertido pelo Arce. Na saída de bola, Magrão roubou, arrancou e tocou para Tuta, que chutou. O goleiro Helton fez um milagre, mas Magrão pegou o rebote e ampliou. Aos 45, a defesa do Vasco afastou mal e a bola ficou com Juninho, que tocou para Tuta marcar o terceiro.

Com o resultado, a torcida palestrina começou a comemorar o título no Parque Antártica, enquanto os atletas do Vasco tentavam entender o que estava acontecendo dentro de campo. No intervalo, Joel Santana promoveu uma mudança ofensiva, colocando o atacante Viola no lugar do volante Nasa.

Foto: Acervo/Gazeta Press

Na segunda etapa, os cariocas voltaram pressionando mais, e aos 7 chegaram a pedir pênalti em Euller, mas o árbitro nada marcou. Minutos depois, Romário diminuiu o placar em cobrança de pênalti.

Dez minutos depois, o Baixinho balançou as redes novamente, em outra penalidade, dessa vez sofrida por Juninho Paulista.

Com a arrancada, o Vasco seguiu na pressão, mas aos 32 minutos, o zagueiro Júnior Baiano foi expulso após acertar um carrinho em Flávio Luís, deixando os cariocas com um a menos em campo.

Mesmo assim, a equipe seguiu no campo de ataque, e aos 40 minutos Juninho Paulista marcou o terceiro, empatando a partida.

Nos minutos finais, uma cena marcou aquela decisão. Juninho Pernambucano bateu no peito em uma cobrança de lateral e chamou a torcida vascaína ao seu favor.

Acervo/Gazeta Press

Aos 48, quando o jogo já se encaminhava para a disputa de pênaltis, Viola, o jogador que entrou no segundo tempo, arrancou e chutou para Juninho Paulista, mas a finalização foi travada, sobrando para Romário, livre, para marcar seu terceiro gol e completar a virada histórica.

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Gabriella Brizotti

Formada em jornalismo pela Unesp, sou uma apaixonada pelo esporte em geral, principalmente o futebol. Dentre as minhas paixões, está o futebol argentino e suas 'hinchadas'. No '365Scores' acompanho de perto o dia a dia do São Paulo Futebol Clube e também do atacante Endrick.

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