Zé Roberto desabafa sobre safra de levantadoras: “Não é na Seleção que eu tenho que ensinar”
Técnico de vôlei desde 1989, Zé Roberto Guimarães já passou por diversas safras de atletas. Desde as mais brilhantes, como Fofão e Fernanda Venturini, até as mais jovens, que passam por dificuldades na adaptação.
O momento atual é um deles, em que Zé Roberto conta com menos brilhantismo e mais esforço por parte da comissão técnica para contribuir na evolução de suas atletas.
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Após a vitória sobre a República Tcheca, pela estreia da Liga das Nações (VNL), o treinador fez forte desabafo, reforçando que as jogadores precisam chegar na Seleção já prontas para competir, otimizando o tempo ao invés de focar em treinamentos específicos.
“A parte de levantadora sempre preocupa. Isso tem dado uma polêmica muito grande com as coisas que a gente tem falado, mas é assim: antigamente nós tínhamos mais levantadoras brigando nos times de ponta ou não. O que eu acho é que algumas levantadoras optaram por outras equipes, e não jogaram”.
“Tem diversos motivos. Você precisa do dinheiro? Todo mundo precisa. Mas você também precisa investir na carreira. E levantadora precisa jogar. Você precisa investir primeiro na carreira e depois no dinheiro. Ir para bons times que treinadores trabalham muito com levantadoras”, iniciou.
“Na CBV a gente está com uma preocupação muito grande. Tenho acompanhado o trabalho de base, temos levantadoras aparecendo, que são jovens e que têm uma trajetória importante pela frente. Eu vi que hoje jogou uma levantadora da China com 16 anos. Nós já tivemos muitos fenômenos, mas nem todo mundo consegue”.
“A Fofão, por exemplo, uma levantadora que trabalhei muito com ela e que nem precisou passar pela base do Brasil, foi direto para o time principal. Cada caso é um caso. A gente trabalha para que elas sejam melhores, mas não é na seleção que eu tenho que ensinar as levantadoras. Elas precisam chegar prontas”, completou.
No atual elenco da disputa da VNL, Zé Roberto conta com duas levantadoras: Macris e Roberta. A primeira é experiente, tendo 36 anos e atualmente jogando pelo Praia Clube. A segunda segue a mesma linha, com 35 anos, mas ainda atuando na Europa, pelo Türk Hava Yolları, da Turquia.
O Brasil retorna às quadras nesta quinta-feira (5), para um clássico do vôlei contra os Estados Unidos, pela segunda rodada. Zé Roberto seguirá sem contar com Rosamaria e Kisy, que estão lesionadas.
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